quinta-feira, 25 de abril de 2013

De volta à ativa!


E aqui estou. Onde sempre quis estar. Muitas e muitas vezes planejei arduamente retomar o blog com escritos. Traçava planos para a retomada, quase que um golpe. É, sabe aquele velho auto-boicote, que faz as atitudes simples parecerem uma guerra, e você abandona as ideias para trás? Acontece com vocês? Porque comigo acontece DIRETO!

Não tenho a intenção de que haja coerência entre o conteúdo antigo que postava aqui na adolescência, e o atual. Não tenho intenção de atravessar o mesmo rio que atravessei anos antes. (Do provérbio: O mesmo homem, não atravessa o mesmo rio, duas vezes.) As águas já mudaram e eu também já mudei muito. É um ciclo, de transformação e renovação que não para até o fim da vida. O da água alias, continua independente da sua existência.



O que sucedeu foi que nunca consegui retornar o blog. Mas recentemente comecei naturalmente a escrever textos no facebook. Além de manter um caderno comigo que também tem muito material, mas isso é uma outra abordagem, outra questão, que vai ficar para depois, junto com a questão de querer/pretender usar o blog não só para manifestar minhas opiniões, como para divulgar meu trabalho como atriz.

Voltando aos escritos do facebook, achei aquilo uma grande mancada, e fui ficando muito frustrada com o resultado. Meia-dúzia de pessoas pingadas liam, e com sorte até comentavam elogiando o post, mas isso era uma exceção, com pessoas que são exceção, mas de uma forma geral o que eu escrevia era ignorado.

Me pareceu que essa "experiência" falou muito sobre as convenções sociais não exatamente conscientes do uso do facebook. Facebook é lugar de expor a intimidade do relacionamento e a vida pessoal. Qualquer outro objetivo ali, como “panfletário” é CHATO e perturba. Bem, eu entendo que a minha imagem imagem privada só é válida de divulgação de forma consciente e/ou vinculada aos meus valores como ser humano. Entendi o "recado": o facebook é uma espécie de "fast food" da opinião no cenário virtual.

O blog da uma liberdade de não ser "convencionado" que se deve ser curto e usar poucas palavras. Também não precisa de tratar de temas superficiais, as pessoas procuram-o justamente pelo conteúdo que aborda.

E espero, um dia, que não de imediato, ter um grupo de pessoas que acompanhem o que escreverei aqui, minhas campanhas, opiniões, e também meu trabalho como atriz.

Eu encaro a escrita, tanto pessoal, quanto a publicada, como uma espécie de "terapia". A publicada é uma forma de usar a internet para mandar as convenções sociais e o que me incomoda no mundo (muita coisa!) para a casa do caralho - porém sem ser agressiva, e com trabalho em argumentos. Além de disseminar o que acredito no mundo, é claro! Para o facebook, vai ficar o que cabe por lá - uma rede social que "une" pessoas, mas é adepta de uma logística mais superficial. Sem receios, alias, grata, pois me deu coragem para finalmente realizar o sonho (que fiz parecer mais distante do que o concreto que é) de retomar o blog. Sem mais delongas, mãos ao teclado.




Foto Rio Sana, Direitos Reservados a Valcir Sirqueira
encontrada no flickr deste usuário: http://www.flickr.com/photos/valcir_siqueira/4443412856/in/photostream/

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