terça-feira, 30 de abril de 2013

Porque escolhermos ser chatos feministas?


Porque machismo e estupro são intragáveis e injustificáveis.

Veja você o que (NÃO) temos que ouvir sobre assuntos como estupro. Na semana passada eu ouvi de uma pessoa, que até então era querida, homem-hétero-branco (uma definição apenas, por favor não leia preconceito onde não tem), que quem sofre POR um estupro, só sofre "porque procurou sofrer". Se não se "envolve-se demais" com a causa talvez nem se lembra-se e vivesse uma "vida normal".

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É, deixa eu ver se entendi, alguém que NUNCA foi estuprado, e obviamente não entende bulhufas da mente humana, nem da resiliência dela - ou seja, o fato de uma situação ter um impacto completamente diferente, particular, individual, intransferível e incalculável por quem não o experienciou da forma que a pessoa experienciou, tanto no fato em si, como no que isso afetou sua mente - tentando CULPAR novamente a vítima de um crime bárbaro, não (só) pelo crime, mas agora pelos distúrbios psicológicos que ele lhe causou?
Ah, vá...
dizer coisas irresponsáveis e babacas bem longe de minha e da minha amizade. E estudar psicologia e impactos pós-traumáticos também, seria uma boa, libertaria sua mente da ignorância.

Gostaria de esclarecer essa pessoa de que: Existem pessoas que sobre pós-traumas, tem alucinações, auditivas e/ou visuais... elas "escolheram" ver e ouvir coisas que sabe que não são reais? Elas estão "procurando", fazendo esforços para ver e ouvir irrealidades, só para "se vitimizar"?

Seus argumentos são irracionais, não científicos, e não justificam a saudade mental de vítimas de estupro, nem os crimes, nem porra nenhuma além do seu conforto diante de uma sociedade machista e uma cultura do estupro, onde homens são aceitos pela ideia de seres que só querem/precisão/podem enfiar a piroca em qualquer uma (por "instinto", afinal, são "animais" - como essa pessoa também me disse).

Um "blablablá" desprezível e insensível! Para mim, o que essa pessoa diz (tenta, né?) foge a ideia de diálogo, porque procura soluções imediatas e justificativas para violências e barbaridades, e aí, o diálogo se encerra. Porque isso é impossível e inaceitável! Apesar de tudo, desejo do fundo do meu coração, que ninguém que essa pessoa, e as pessoas que pensam como ela, amem, sofra uma violência truculenta e traumática, e seja obrigado a dedicar parte (ou por completo) da sua vida para recuperar sua saúde mental, sanidade, plenitude e esperança/confiança no mundo e em si. Que elas não tenham que ver isso de perto para aprender, e possa abrir sua mente de forma mais branda e solicita.

Por me indignar com a violência e a discriminação contra a mulher, e com tais tentativas de justifica-las, entendo a necessidade da luta feminista, do feminismo como conceito de transformação social, para uma sociedade mais igualitária.

Aí, me vem a MESMÍSSIMA pessoa e me diz que a luta feminista é chata, e que estereótipos de gêneros são importantes para o desenvolvimento e identificação das crianças.

Eu lhe pergunto sobre as crianças que não se identificam com nenhum dos modelos que lhe oferecem pronto para seguir, e posteriormente desenvolvem distúrbios psicológicos por uma vida inteira de luta, tentando se adequar a modelos limitados que não eram para elas. Ele claramente não soube responder, só soube repetir que "a luta feminista é CHATA".

Ele tá no direito dele de achar isso. Eu, meu companheiro feminista (e por extensão à família feminista que temos a sorte de ser/ter), e TODXS XS FEMINISTAS DESSE LINDO MUNDÃO, estamos no nosso direito de ignorar essa opinião, ou assimila-la, e nos assumirmos: CHATOS!

Ignorem-nos quem quiser ignorar, nós não vamos ser “legais”(contrário de chato – que pra mim nesse caso é confortável) para agradar. Porque as pessoas que influenciaram a história e chacoalharam os modelos de sociedade, foram incessantemente CHATAS. E nós, agora em vida, jovens, decidimos juntos, que seremos incessantemente CHATOS. Ainda que não entremos para a história, pois o ego não pode ser o impulso e a finalidade da luta, mas que mudemos o mínimo do mínimo ao nosso alcance. Já nos faz felizes e a vida ganha sentido e vale a pena. Criar e educar indivíduos de maneira humanista para que respeite as pessoas e suas diversidades, já é uma mudança, e uma mudança possível para nós.

O que acho curioso de tudo, a pessoa que desencadeou isso tudo, estava envolvida na campanha do Marcelo Freixo para prefeito nas eleições municipais do RJ, no ano passado -assim como eu. A campanha de Freixo, candidato pelo PSOL, tinha como slogan belíssimo poema de um poeta influente e revolucionário Bertold Brecht. E o poema diz "NADA DEVE PARECER NATURAL". Agora, menos de um ano depois da campanha, carinhosamente chamada de "primavera carioca" quer me convencer de que a opressão é natural, e até importante, e de que a nossa luta contra ela é CHATA.

Bem, se compreender a fundo que NADA DEVE PARECER NATURAL é ser CHATO para sempre, para além de épocas de campanhas políticas e MUITO, MUITO ALÉM de qualquer envolvimento partidário, nós vamos pedir para ser CHATOS e entrar na fila milhões de vezes, vamos gritar que queremos ser CHATOS no vale do eco... e vamos levar nossa CHATICE junto com o vento e a vida, contra tudo que oprima e limite um ser humano! TUDO! Até mesmo ovinhos de menino azul e de menina rosa. Até! Por menor que isso te pareça. Sabe por quê?

Porque somos feministas, nós somos não gostamos de sexismo. Nós não engolimos que conceitos absurdos de gênero, opressões de todo tipo, e violência contra a mulher, sejam coisas justificáveis, nem naturais.

Nós somos chatos! Doentiamente chatos! E outro dia ouvi que "os incomodados que mudam o mundo".
Então a responsabilidade está conosco mesmo.

"Nada causa mais horror a 'ordem' que mulheres que lutam e sonham"


Dedicado a todas as mulheres anti-eva, revolucionárias, insubmissas e subversivas contra todos os poderes do céu e da terra, contra os padrões ditados por esta sociedade de machistas e autoritários!! Viva as mulheres que lutaram e lutam pelos ideais de igualdade e liberdade! 

Mulher, lute!

VIVA AS BRUXAS!

"É preciso muito sonho para sobreviver numa cidade grande"

Rap do Real 

"Com quantos reais se faz uma REALidade? 
É preciso muito sonho pra sobreviver numa cidade 
grande jogo de cintura 
entre estar esperto e ser honesto 
há um resto que não é pouca bobagem" 


Quem não gosta de "spoiler" e não viu o filme MEDIANEIRAS, não deve ler esse post.






Medianeiras é no contexto privado, uma análise da solidão. No contexto público, uma análise das grandes metrópoles  das civilizações pós-modernas, da urbanização desorganizada, e da desordem que tudo isso provoca no indivíduo (voltando ao individuo). Trata de pânico, fobia social, solidão por reclusão. Optada pela segurança que o lar (por menor que seja) prometi. O texto do filme que análise homem-sentimentos cidades, deixando claro que sensibilidade exacerbada não é compatível à vida urbana, que exige frieza, e racionalidade, é uma coisa linda!

Um trecho do texto de introdução do filme:

"(...) Uma cidade em que se erguem milhares e milhares e milhares e milhares de edifícios sem nenhum critério. Ao lado de um muito alto, existe um muito baixo, ao lado de um racionalista, um irracional, ao lado de um de estilo francês há outro sem estilo algum. Provavelmente estas irregularidades nos refletem perfeitamente, irregularidades estéticas e éticas.

Estes edifícios que se sucedem sem nenhuma lógica demonstram uma total falta de planejamento. Exatamente igual à nossa vida, vamos vivendo sem ter a mínima ideia de como queremos ser." 

O que se pode esperar de uma cidade em que Jesus vira as costas para o povo?*²

"Estou convencido de que as separações e os divórcios, a violência familiar, o excesso de canais de cabo, a falta de comunicação, a falta de desejo, a abulia, a depressão, os suicídios, as neuroses, os ataques de pânico, as contraturas, a insegurança, o estresse e o sedentarismo são responsabilidade dos arquitetos e empresários da construção.

Desses males, exceto o suicídio, eu padeço de todos."



*²   Adaptação de uma frase do texto do filme, da realidade de Buenos Aires, para a realidade carioca, seguindo o mesmo sentimento.


"Apenas se a minha mente trabalhasse tão bem quanto meu Mac, e eu pudesse excluir tudo só com um clique."

  
"E eu me sento sobre doze metros de plásticos bolha, estourando as bolhas, para que assim eu não estoure."


"A internet me aproxima do mundo, mas distante da realidade."



Como pessoa que só conheceu a vida em área urbana, e exacerbadamente sensível, sinto-me contemplada por cada frase do filme. E ainda que por me identificar, me exponho, compreendo muito a partir de ver Medianeiras. Não só da sobrevivência em áreas urbanas, mas da sobrevivência em geral. Do seu instinto natural. E entendo que só enfeiamos (tá, as vezes embelezamos), mas principalmente transferimos a selva. Os riscos sempre existiram e fazem parte da condição do sobrevivente. Uma compreensão que tem tudo a ver com fatores muito íntimos atuais, e que portanto, aguardam apenas a assimilação desse ensinamento, não de forma analítica, mais com coração. Enquanto isso, permaneço aqui, próxima do mundo e distante da realidade.

Lembro-me de um texto, que escrevi há alguns anos, publicado em algum lugar deste mesmo blog, que faz uma lista longa de riscos, e no final decidi por ignora-los, para que possa seguir a vida. Pensando nisso, percebo que a Diana adolescente sabia ser bem mais malandra e racional do que a "jovem adulta". Acho que está na hora de promover o encontro entre a Diana daqueles anos, e a de agora, e ouvir o que aquela tem a me dar de orientação. 



Agradecimentos à Gabriel, por ser meu Wally. Eu sou seu encontro não marcado, e nós o saco bolha um do outro, que respeita as cóleras de cada um, e o traz de volta a realidade quando precisa. E assim, um ajuda o outro a não estourar.





domingo, 28 de abril de 2013

Um homem tem o direito de oferecer ("sua") mulher?


NÃO! Porque gente não é posse!


Pensei que traria aqui posts lindos e agradáveis de início para conquista-los. Mas o tempo passa atropelando a vida e encantando-nos por ela cada vez mais depressa, e as experiências reais são de êxtase incomparável as virtuais. Por isso não postei, nem devo postar com regularidade precisa, mas a precisão pouco importa. O que importa é ser intenso e real, seja alegre ou triste. Não trouxe nada aqui, mas não queria perder o tempo de falar de uma notícia (HORRENDA) que acabo de ler, pois atualidades - e discussões a respeito - também fazem parte da "pauta" e dos meus intuitos.

Pois bem, um conhecido acaba de me por em contato através da rede social com esta notícia, publicada pelo jornal extra (da onde não se pode esperar muito, ou melhor, NADA melhor mesmo):

Intitulada "Balotelli desafia Real Madrid: ‘Se passarem vou deixar que a minha noiva durma com os jogadores’"
Leia mais: http://extra.globo.com/esporte/balotelli-desafia-real-madrid-se-passarem-vou-deixar-que-minha-noiva-durma-com-os-jogadores-8235910.html#ixzz2Rp1lwRSK


A pessoa que compartilhou a “matéria” não o fez de forma crítica, refletindo sobre seu conteúdo. Fez de forma a parecer algo natural, divertido, entusiasmático. Uma repercussão que só mostra o quão nocivo são os conceitos arraigados. A discussão de possessividade dentro de um relacionamento não é nova, mas não sei se é só isso que está em jogo aqui.

O que está em jogo é a perpetuação de uma ideia (criada, proclamada e reproduzida por longos séculos) já pedindo para "bater às botas", mas que algumas pessoas insistem em não deixá-la ir. É a ideia de que um homem é dono da “sua” mulher, com quem se relaciona e pode mandar, cobrar e exigir o que bem inventar dela. A imaginação do homem, junto com a sua imbecilidade, parece que podem ser enormes, inesgotáveis, e ainda sim, sua súdita terá de “cumprir com seu papel de cônjuge”.

- Não esquecemos NUNCA o peso que a religião teve na instauração e legitimação dessa ideia.

Ainda que a religião nunca tenha dito para a mulher fazer sexo com todos os homens que o “seu macho” mandasse, ela martelou sobre obediência, e subserviência e a “interpretação” – que eu vulgarmente prefiro colocar como “má intenção” – estão aí… junto com o “livre arbítrio”. E a depender do caráter do líder religioso, junto com o direito de matar para fazer honra a “deus”.

E diante dessa ideia, e da declaração desse indivíduo, eu fico aqui me perguntando:

- E se a noiva dele não quiser “dormir” com os jogadores adversários dele, se forem vitoriosos?
- Será que essa homem consultou a noiva dele antes de dar tal declaração para a imprensa?

E diante do nível de machismo (necessidade de homens de auto-afirmarem-se dominadores) infiltrado transparentemente em nossa sociedade, eu posso até supor (nunca afirmar!) que NÃO! Esse homem não deve ter consultado essa mulher, por que em um relacionamento impositivo onde há dominador e dominado,  não há espaço para o consenso, para a cumplicidade, para a liberdade dos indivíduos.

Não tenho dúvidas de que a ilusão de que o outro lhe pertence não é um problema apenas masculino. Mas por razões históricas indiscutíveis, ela é MAJORITARIAMENTE masculina, sim! E de forma muito nociva, pois o homem tem a força física, a força bruta para “persuadir” uma mulher. Visto a questão da força física, volto a me perguntar sobre essa mulher, especificamente:

(A essa altura eles já foram hipoteticamente vitoriosos no jogo, e foda-se as possibilidades disso porque não entendo porra nenhuma de futebol, não sei sobre esses times, isso não interessa à questão e como diz meu pai, amante desse esporte, “futebol é uma caixinha de surpresas”).

Repetindo a pergunta:

- E se ela não quiser “dormir” com os jogadores?

O noivo dela fez uma promessa pública aos adversários!

- E se os adversários, portanto, sentirem-se no “direito” de exigir o cumprimento da promessa, e essa mulher se negar à eles, contra suas vontades, os desejos, as fantasias eróticas, os impulsos animalescos destes homens, e contra o próprio noivo?

Eles a estuprarão, possivelmente. Estou errada? Será que seu noivo seria conivente com isso?

Bem, ao menos que essa história específica seja mais do que simples procura por ibope  e uma real violação ao direito pleno de liberdade dessa mulher específica – porque como diz aquela banalizada, porém célebre frase feminista, “mexeu com uma, mexeu com todas nós” – o desenrolar dessa história já não me interessa mais.

Também não devo excluir a autonomia que essa mulher merece para se “auto-defender”, isto é, caso encare isso algo passível de defesa. Ela pode encarar isso como uma fantasia erótica pessoal, e não ver nenhum problema em realizar o ato prometido. Ok. Aí é permitido e deve ser respeitado, pois prova-se consensual e a vida sexual dos outros à eles pertence.

O que me interessa a partir disso é a discussão, que a afirmação pública de um indivíduo (homem) com conteúdo de posse sobre sua companheira, pode nos promover.

Radicalmente falando, a ideia contrária à ela me parece a simples ideia de que MULHER É SER HUMANO, e como todo ser humano é livre para fazer suas próprias escolhas e suas escolhas podem não ser servir (sexualmente e/ou não) homens e lhes fornecer prazer.

Qual foi duma caralhada de cérebros humanos ainda não terem tido esse “insigth cognitivo” ainda, porra? “Deixo minha mulher fazer isso”/”não deixo minha mulher fazer aquilo”. Tu não tem que deixar porra nenhuma! Uma pessoa quer, ela tem que poder ir lá e fazer (Favor excluir tudo aquilo que infringe os direitos de outras pessoas).

Se você não gosta disso, morde o travesseiro de raivinha, soca a parede, dá um tiro na testa, mas não violenta, nem mande em ninguém, por que gente não é posse, caralho! (Favor usar a mesma lógica de consenso, cumplicidade e liberdade para qualquer relacionamento entre duas pessoas).

MULHER É GENTE, E PASMEM, MULHER FEIA, MULHER GORDA, MULHER MACHO, PIRANHA, SAPATÃO, TRAVESTIS E GAYS TAMBÉM SÃO!

OOOOOOOOOOÓ

Esse deve ter sido um momento de choque e descoberta para algumas pessoas, afinal, é uma quebra de paradigmas pro que elas receberam como “educação” (de MERDA!).

Se você é uma delas, sem problemas, tome seu tempo, beba uma água com açúcar, se não for diabético, sente, e assimile essas ideia com carinho. Ser babaca não é uma patologia científica, apenas cultural, e o conhecimento revela que há soluções. Relaxe e procure as informações mais próximas. Ao persistirem os sintomas de ódio e ignorância, fuja para bem longe da civilização, proteja-se do progresso e estará protegendo o progresso de você.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

De volta à ativa!


E aqui estou. Onde sempre quis estar. Muitas e muitas vezes planejei arduamente retomar o blog com escritos. Traçava planos para a retomada, quase que um golpe. É, sabe aquele velho auto-boicote, que faz as atitudes simples parecerem uma guerra, e você abandona as ideias para trás? Acontece com vocês? Porque comigo acontece DIRETO!

Não tenho a intenção de que haja coerência entre o conteúdo antigo que postava aqui na adolescência, e o atual. Não tenho intenção de atravessar o mesmo rio que atravessei anos antes. (Do provérbio: O mesmo homem, não atravessa o mesmo rio, duas vezes.) As águas já mudaram e eu também já mudei muito. É um ciclo, de transformação e renovação que não para até o fim da vida. O da água alias, continua independente da sua existência.



O que sucedeu foi que nunca consegui retornar o blog. Mas recentemente comecei naturalmente a escrever textos no facebook. Além de manter um caderno comigo que também tem muito material, mas isso é uma outra abordagem, outra questão, que vai ficar para depois, junto com a questão de querer/pretender usar o blog não só para manifestar minhas opiniões, como para divulgar meu trabalho como atriz.

Voltando aos escritos do facebook, achei aquilo uma grande mancada, e fui ficando muito frustrada com o resultado. Meia-dúzia de pessoas pingadas liam, e com sorte até comentavam elogiando o post, mas isso era uma exceção, com pessoas que são exceção, mas de uma forma geral o que eu escrevia era ignorado.

Me pareceu que essa "experiência" falou muito sobre as convenções sociais não exatamente conscientes do uso do facebook. Facebook é lugar de expor a intimidade do relacionamento e a vida pessoal. Qualquer outro objetivo ali, como “panfletário” é CHATO e perturba. Bem, eu entendo que a minha imagem imagem privada só é válida de divulgação de forma consciente e/ou vinculada aos meus valores como ser humano. Entendi o "recado": o facebook é uma espécie de "fast food" da opinião no cenário virtual.

O blog da uma liberdade de não ser "convencionado" que se deve ser curto e usar poucas palavras. Também não precisa de tratar de temas superficiais, as pessoas procuram-o justamente pelo conteúdo que aborda.

E espero, um dia, que não de imediato, ter um grupo de pessoas que acompanhem o que escreverei aqui, minhas campanhas, opiniões, e também meu trabalho como atriz.

Eu encaro a escrita, tanto pessoal, quanto a publicada, como uma espécie de "terapia". A publicada é uma forma de usar a internet para mandar as convenções sociais e o que me incomoda no mundo (muita coisa!) para a casa do caralho - porém sem ser agressiva, e com trabalho em argumentos. Além de disseminar o que acredito no mundo, é claro! Para o facebook, vai ficar o que cabe por lá - uma rede social que "une" pessoas, mas é adepta de uma logística mais superficial. Sem receios, alias, grata, pois me deu coragem para finalmente realizar o sonho (que fiz parecer mais distante do que o concreto que é) de retomar o blog. Sem mais delongas, mãos ao teclado.




Foto Rio Sana, Direitos Reservados a Valcir Sirqueira
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